quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Do avesso


Sua mania de interpretação anda furada.
Sua maneira de observar anda em queda, feito pedra atirada ao poço.
De maneira consciente falo com o olhar e sequer pode olhar para eles com o afeto digno
     esperado por mim.
Sei ser eu, e mais nada.
Sei amar, e fantasiar o mundo diferente de todos.
Sei forjar a realidade e idealizar o próprio filme perfeito pra dois.
Sei escrever o que os sentimentos mais benévolos escondem para si.
Sei caminhar e refletir num sorriso a gratidão de um carinho conciso.
Sei mais que ninguém analisar seu sorriso e entender o que por trás está escondido.
Só não sei ser adulto, isso eu já tentei.
Não sei também compreender o seu raciocínio lógico.
Talvez consiga alcançar o seu coração e de fato ficar perdido ao tentar absorver o que passa
     em sua mente.
Fico triste.
Tentei ser eu mais uma vez.
E outra vez perdi.
Perdi a chance de ser pra valer.
Prefiro não ser eu na hora de me apaixonar.
Cansei de mim e de minhas escolhas.
Cansei de ser uma página única.
Da maneira peculiar que soa de mim a verdade, só adverte o que se esconde.
Da minha maneira não dá.
Os sentimentos merecem ser guardados, trancafiados e isolados.
Merecem ser felizes, sem mim.
Vou virar-me do avesso.
Não vou ser errada, o avesso de mim é, talvez deixar de constantemente amar.

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