Falar da vida é complicado. Eu
nunca em toda a minha lúdica história consegui definir o sistema mundial
gerenciado por uma companhia chamada Deus, que volta e meia oscila em suas
ações voltadas a perdas e ganhos, a vida S.A. que se desenvolve conforme os
acionistas a administram e como toda firma, ela também entra em crise e por
motivos adversos pode ser mais uma na lista das que declararam falência.
Há quem gerencie a sua própria ação
de uma maneira influenciada por outros, tem aqueles que a organizam de forma
invejável almejando a metade daquele que ao lado contabiliza a renda de sua
ação na empresa multi, vida S.A. Tem aqueles que bombardeiam a suas de dividas
e coisas ruins, e logo perdem o poder da administração. Tem os charlatões, os
que roubam e os que administram as dos outros acionistas e esquecem-se das
suas, uma espécie de hierarquia de mercado.
A base desta empresa tão
conceituada se encontra num lugarejo chamado Terra, lá encontram-se os
acionistas em suas pacatas residências, acredita que sair de seu aconchego e
frequentar uma rotina por uns números em suas retrógradas contas bancárias seja
considerado algo útil. Mas, tem que ter um jogo bem maior para ser um acionista
na vida S.A. tem que ser mais que eficiente, só almejar não é suficiente. E
para alguns existe um lugar em que você tem mais vantagens do que na Vida S.A.,
como o seguro de vida divino, uma recompensa belíssima se sua “vida” for de
grande produtividade, além de descontos em diversos estabelecimentos cósmicos.
Para obter estes e entre outros
beneficio é necessário vender sua ação a concorrência, sua localização nunca é
encontrada só se sabe que seu nome durante milênios se encontra no topo da
lista dos mais ricos na Forbes magazine. E não é inédito não, mas dizem que
quem vende sua ação a ela, nunca volta para reclamar. A empresa de grandioso
porte é privada e gerenciada por ela mesma, não possui nenhum funcionário, sim,
ela mesma faz todo o serviço, basta o cliente assinar o contrato e pronto! O
nome da companhia, já ia me esquecendo, é Morte.
Mas, ter uma ação na vida S.A. é
de status, digamos que seja corriqueiro, e geralmente quem vende a sua (o que
tem se tornado constante) nunca volta para reclamar ou sequer compra novas
ações na vida. O fato que está levando a uma crescente crise na vida S.A. que
anda abalando a todos os acionistas, desde os mais novos aos mais antigos, é
que a morte tem crescido seu gráfico enquanto a vida cansa-se de planejar
estratégias.
Há boatos de que a vida S.A.
esteja migrando para um novo ramo por que essa coisa de vida não “tá” pra
ninguém, a Morte “tá” detonando. E especulações maiores dizem que existem
possibilidades de a Vida S.A. migrar de base e tentar do zero em outra
localidade. A Falência da vida gera lucros a Morte. E a culpa é dos próprios
acionistas.