quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Crônica Nº. 3


Crise na Vida S.A.

Falar da vida é complicado. Eu nunca em toda a minha lúdica história consegui definir o sistema mundial gerenciado por uma companhia chamada Deus, que volta e meia oscila em suas ações voltadas a perdas e ganhos, a vida S.A. que se desenvolve conforme os acionistas a administram e como toda firma, ela também entra em crise e por motivos adversos pode ser mais uma na lista das que declararam falência.

Há quem gerencie a sua própria ação de uma maneira influenciada por outros, tem aqueles que a organizam de forma invejável almejando a metade daquele que ao lado contabiliza a renda de sua ação na empresa multi, vida S.A. Tem aqueles que bombardeiam a suas de dividas e coisas ruins, e logo perdem o poder da administração. Tem os charlatões, os que roubam e os que administram as dos outros acionistas e esquecem-se das suas, uma espécie de hierarquia de mercado.

A base desta empresa tão conceituada se encontra num lugarejo chamado Terra, lá encontram-se os acionistas em suas pacatas residências, acredita que sair de seu aconchego e frequentar uma rotina por uns números em suas retrógradas contas bancárias seja considerado algo útil. Mas, tem que ter um jogo bem maior para ser um acionista na vida S.A. tem que ser mais que eficiente, só almejar não é suficiente. E para alguns existe um lugar em que você tem mais vantagens do que na Vida S.A., como o seguro de vida divino, uma recompensa belíssima se sua “vida” for de grande produtividade, além de descontos em diversos estabelecimentos cósmicos.

Para obter estes e entre outros beneficio é necessário vender sua ação a concorrência, sua localização nunca é encontrada só se sabe que seu nome durante milênios se encontra no topo da lista dos mais ricos na Forbes magazine. E não é inédito não, mas dizem que quem vende sua ação a ela, nunca volta para reclamar. A empresa de grandioso porte é privada e gerenciada por ela mesma, não possui nenhum funcionário, sim, ela mesma faz todo o serviço, basta o cliente assinar o contrato e pronto! O nome da companhia, já ia me esquecendo, é Morte.

Mas, ter uma ação na vida S.A. é de status, digamos que seja corriqueiro, e geralmente quem vende a sua (o que tem se tornado constante) nunca volta para reclamar ou sequer compra novas ações na vida. O fato que está levando a uma crescente crise na vida S.A. que anda abalando a todos os acionistas, desde os mais novos aos mais antigos, é que a morte tem crescido seu gráfico enquanto a vida cansa-se de planejar estratégias.

Há boatos de que a vida S.A. esteja migrando para um novo ramo por que essa coisa de vida não “tá” pra ninguém, a Morte “tá” detonando. E especulações maiores dizem que existem possibilidades de a Vida S.A. migrar de base e tentar do zero em outra localidade. A Falência da vida gera lucros a Morte. E a culpa é dos próprios acionistas.

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