terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Crônica nº. 2


O sentimento sentido

Há obstáculos, sabemos. Mas, consigamos decifrar seu tamanho, sua dimensão e proporção? Não sei se quero realmente identificar qualquer sinônimo inquieto que vire e revire o intimo humano. Decido me calar e sofrer de forma anônima, acreditando na breve passagem, como um trem no metrô. Às vezes queria poder perder este trem.

O que está acontecendo? É a dor, entrando na veia e sucumbindo o mártir de cada um. É quando uma tragédia vem e a “capa” envolta de pele e osso, se esconde detrás de algo que bate no intuito de sobrevivência, mas, que na verdade, é sensível é tocável.

Se existe “corações de pedras”, que estes não residem no país dos brasileiros (espero assim). O que se reúne aqui é amor conjunto e sentimentos de pesar (acreditemos). Lágrimas verdadeiras. E o que dizem, é o contrário do que pensam da maneira mais racional, na forma de criticas no intuito de se pré-julgarem, colocando em pauta o debate do que poderia ser evitado, deixando desvanecer os motivos que relevam a situação: seres humanos morreram de forma cruel, e embora seja necessário, não é tão relevante para a situação precisamos pensar-nos que se foram.

Só acredito que seja necessário nos preocuparmos com a dor de muitas famílias brasileiras. Meu Deus! Estamos falando (vivendo), de uma situação que mais poderia ser considerado um massacre, e que o futuro para mais de 230 jovens foram deixados naquele momento em que o que mais queriam era se divertir, munidos de amigos e ideias divertidas.

O luto é contra a variável afetiva que é cronometrada em momentos de abraços e confortos, mas a perda é para sempre. A repercussão é grande, mas o apoio e a proteção vinda de Brasília se adéqua ao sentimentalismo de um povo que se envolve quando os seus é atingido de forma horrenda.

De onde vem tal dor? Que a dor sinta sua própria dor, e que nos deixe! Não, ela não vai nos deixar, pois sabe que nós, pobres de coração indefeso, somos como seu elixir da juventude, ela se mantem através de nós.

Tudo acontece, devemos ter ao menos uma pequena dose de consideração diante de nosso país. Não devemos contestar o sentimento do povo, eles estão desolados e chocados. Precisamos dosar está capacidade humana de se irritar por outros serem tão irreais. É de cada individuo ter ou não sentimentos. E que as criticas sejam voltadas aos maiores, assim que todos aconchegarem suas cabeças em seus travesseiros. Os pequenos, em partes, abalados, não merecem tais criticas, se os sentimentos falam por eles.

Que saibamos entender os sentimentos.

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